sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Lendas Urbanas 8




O Ciclista das 7 da Manhã
Um ciclista costumava sair às 7 horas da manhã para dar algumas voltas. Ele saía nesse horário porque o sol ainda estava surgindo no horizonte, o clima era agradável e podia observar a paisagem. Mas ele nunca se importou em consertar a bicicleta que já era bem antiga. Numa manhã, como fazia em todas as outras manhãs, ele saiu para saiu para o que seria o seu último passeio em vida. Começou a pedalar (até aí tudo bem), cumprimentou as pessoas, ofereceu carona e seguiu o caminho de sempre. Quando chegou numa descida, ele apertou os freios para descer mais devagar, mas não foi isso que aconteceu! As borrachas, que já estavam gastas, soltaram e voaram em seus olhos, os cabos dos freios arrebentaram e passaram à chicoteá-lo, seus dedos ficaram presos nos freios e a bicicleta desmontou aos poucos. A correi arrebentou e prendeu sua perna; a roda de trás soltou e bateu em sua cabeça, deixando o cérebro exposto; a catraca subiu e o rasgou por baixo; o guidom entortou e o prendeu pela cintura, quebrando suas costelas; o banco partiu e o ferro entrou na sua bunda e ele desceu o resto do morro apenas com a roda da frente, até numa cerca de arame farpado, na qual passou direto e foi partido em vários pedaços. Hoje, quando ele aparece, significa um presságio de morte. Onde ele aparece todos morrem.
Anos depois, numa manhã como aquela, de um dia qualquer, várias pessoas circulavam nessa região (o ciclista pode aparecer em qualquer lugar). Assim que deram 7 horas, no horizonte apareceu um ciclista. Ele para e oferece carona para um pedestre que aceita. Mas quando ele senta a garupa abaixa e nem percebe que os pneus estão cheios de cacos de vidro. Assim que começou a pedalar, o sujeito que estava na garupa reclamou que tinha algo lhe incomodando e o ciclista acelerou, rasgando o cara de baixo para cima até parti-lo em dois, caindo uma parte de um lado e outra parte do outro lado. Ao verem aquilo, todos ficaram assustados e tentaram fugir ou se esconder, em vão. Neste momento a corrente arrebentou e voou nas pernas das pessoas, derrubando-as de cabeça no chão; os raios soltaram e atravessaram alguns indivíduos; a roda de trás e a catraca voaram e como uma serra elétrica e cortaram os pedestres; os cabos dos freios enrolaram nos pés de mais outras pessoas que foram arrastadas pelo resto do caminho; e quem ficou na frente foi pego e só parou na cerca de arame farpado.
Há poucos relatos dessa história, pois é muito difícil alguém sobreviver a este massacre. Quem consegue escapar com vida fica marcado para morrer. Ou a pessoa, assim que subir numa bicicleta, irá pedalar sem rumo, ou será perseguido, pois o ciclista irá atrás da pessoa e a vigiará.
Oferecimentos:
Funerária Bom Sucesso: perdemos na vida, mas ganhamos na morte!
Padaria Inferno: vendendo o pão que o Diabo amassou!
Limão Capeta Padre Vieira: o único limão que já vem exorcizado!

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Versos 3


Vai

Vai para o mar
Para nadar
Vai para o ar
Para voar
Vai para o bar
Para tomar
Vai para o lar
Para cagar

No vaso

No vaso caguei
No vaso mixei
No vaso sentei
No vaso fiquei

Calor

Estava calor
Queria amor
Então comprei um picolé de qualquer sabor

Ai

Zé era um jacu
Comprou um peru
Disse que era pacu
E para pagar, deu o dinheiro.

Natal

Chegou o natal
Fui no hospital
Vi o exame retal
Passei mal
Então peguei um pau
E novamente mudei de canal

Oferecimentos:

Ótica Irmãos Vigaristas: especializados em armações!
Supositório Letra: ideal para ANALfabeto.
Sopinha de Letras: para você que vive engolindo as palavras!

sábado, 7 de julho de 2012

Lendas Urbanas 7


O Fantasma da Obra
Na década de 1950 seria inaugurado o maior prédio já construído na cidade, até então, e para isso era necessário os melhores arquitetos, engenheiros, operários e mestres de obra. Assim foi feito e a obra começou a todo vapor. Todos estavam animados, pois pagava-se vem, mas ninguém gostava de trabalhar com aquele mestre obra. Era o melhor na região, conhecido em todo o país e competente no seu trabalho, mas era chato e muito exigente, queria que acertassem até nos mínimos detalhes e se tivesse um erro, por menor que fosse, ele reclamava, chamava a atenção e mandava fazer tudo de novo. Só que os peões não aceitavam desaforo e resolveram dar cabo do mestre de obras. Certo dia, um peão derrubou o cimento no chão e o mestre de obras veio tirar satisfação, então os peões voaram em cima dele, o levaram para o segundo andar, jogaram-no num buraco com pontas de ferro e cobriram com concreto. Após o acontecido tudo correu na maior paz até que, próximo ao termino da obra, o espírito do mestre de obra começou a assombrar os peões. Aos poucos os peões cometeram suicídio e na inauguração já não tinha ninguém vivo. A partir daí, em toda construção que ele aparecia e os operários se suicidaram.
Seis décadas depois aquele prédio foi demolido e seria construído outro. 500 operários foram convidados, mas apenas 100 aceitaram. A construção também contava com um engenheiro civil e um mestre de obras. Foi uma luta pra conseguir alguém que trabalhasse nesta cidade, pois há 50 anos não se construía nada por causa do fantasma.
A construção começou e os operários trabalharam com o máximo de cuidado e o mais rápido possível, pois tinham que construir um prédio de 100 andares. No inicio foi tranquilo e começaram a pensar que a historia do fantasma era lorota. Então os peões passaram a fazer o trabalho de qualquer jeito, paravam quando queriam e jogavam truco a todo o momento (quem perdia ia trabalhar e quem trabalhava estava na de fora). Mas isso despertou o espírito que apareceu pra eles e, uma vez que isso acontecia, nenhum operário sai da construção enquanto não acabar ou morrer (o que aconteceu na maioria dos casos). Agora começa a história.
Com medo, os peões trabalharam com pressa, mas por causa do desespero algum operário sempre cometia algum erro, o que causava um grave acidente de trabalho ou a ira do fantasma. Assim aconteceu o primeiro suicídio: enquanto Zé almoçava um peão sentou ao seu lado, deixou sua marmita de lado, pegou uma arma de pregos e disparou contra sua própria testa. Zé então falou:
─ Quer dizer que você não vai comer isto!
“A mulher deve ser uma péssima cozinheira pra ele fazer isso”, pensou Zé. Outro peão se jogou dentro da betoneira ligada e virou uma estátua, teve quem brincou de jogar pedras e tijolos para cima (já imaginou como essa brincadeira acabou, né?), alguns se enforcaram com a trena, e, assim, vários outros casos de suicídio ocorreram: estouraram a cabeça com britadeira, marreta, martelo; engoliram cimento, o que acabou bloqueando as vias respiratórias; afogaram no concreto; atravessaram a cabeça com furadeira; enfiaram fio desencapado no nariz; se jogaram do quarto andar; etc. A obra não estava nem na metade e só tinham 4 peões: Zé, Jão Tião e Geraldo. Jão pegou a furadeira e perguntou ao Tião:
─ Colé Tião, quer fazer uma tatuagem?
─ Com a furadeira? Demorô!!
─ Dá até medo. ─ disse Zé ao ver a tatuagem.
─ Aí! Quem tá afim de jogar uma pelada? ─ perguntou Geraldo.
─ Tem bola?
─ Tem um tijolo e a cabeça do Joaquim.
─ Então deixa a cabeça do Joaquim de reserva caso o tijolo quebre ou até que seja isolado.
O mestre de obra e o engenheiro foram olhar o andamento da construção e viram os quatro chutando uma cabeça:
─ O que vocês estão fazendo? ─ indagou o mestre de obra.
─ Jogando uma pepita!
─ E por que vocês não estão trabalhando?
─ Hora do almoço.
─ E aquele ali, por que esta dormindo?
─ Depois o rango ele subiu lá em cima e pulou de cabeça. Ele deve sofrer de insônia ou coisa parecida, nem mexemos nele.
─ E aquele outro na pilastra?
─ Tá ali já faz uma semana ou mais. Preguiçoso!
─ Viu só engenheiro. Precisamos de mais homens na obra, senão... engenheiro! Engenheiro!
O corpo do engenheiro estava pendurado, com um fio enrolado no pescoço. O fantasma apareceu e mandou todos voltarem ao trabalho e o mestre de obra foi reclamar com ele. Enquanto os dois discutiam, os quatro foram para o andar de baixo. Geraldo falou:
─ Ô Zé! Que é que cê tá fazendo?
─ Tô pintando a parede.
─ Com sangue?!
─ Nem percebi! Agora tá explicado porque tinha um gosto tão estranho.
─ Alguém tem colher ou garfo aí? ─ perguntou Tião.
─ Tem não!!!
Tião pegou a colher de pedreiro, ainda com resto de terra, cimento e areia que gato e cachorro batizaram, e falou “se não tem tu, vai tu mesmo!”, mexeu a marmita e pôs-se a comer. Os dias passaram e a construção estava quase pronta. Jão estava capinando nos fundos do prédio quando aparece o mestre de obras e leva uma enxadada no pé. Jão pede desculpas e o fantasma fica rindo, quando vem Geraldo com alguns ferros e o acerta. O fantasma com raiva diz:
─ Acerta a mãe!
─ Não fala assim comigo!
Geraldo pegou o fantasma pelo colarinho, o encheu de tapa e jogou os ferros em cima dele. Na recepção Tião e Zé colocavam o quadro do prefeito na parede e começam a brincar com a furadeira, encostando-a no olho do prefeito. Neste momento o fantasma aparece e a furadeira liga, furando o quadro. Os dois se apavoram e pensam em colocar um tapa-olho no retrato. Geraldo passou e disse:
─ Não sabia que o prefeito era pirata!
Passou o tempo e o prédio ficou pronto. Os seis estavam do lado de fora, olhando para o edifício e chorando de emoção, pois finalmente haviam terminado o trabalho. Chegou o dia da inauguração. Havia cerca de 500 pessoas. Os homens que ali trabalharam posaram para foros, até o fantasma. A imprensa estava cobrindo o evento e, enquanto os funcionários davam entrevista, o fantasma viu um pedaço de pau escorado na parede e falou com o mestre de obras. Os dois foram tirar o pau dali, mas quando Zé, Jão, Geraldo e Tião os viram movendo o toco, gritaram:
─ Não tira isso daí nãoooooo!!!!
O prédio veio ao chão matando todo mundo que estava dentro.
Oferecimentos:
Supermercado Alvo: não é varejo, é atacado!
Bomba de Chocolate: uma explosão de sabores na sua boca!
Supositórios Apracu: não precisa dizer mais nada!

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Projeto – Mulher Hidropneumática


Projeto – Mulher Hidropneumática
Antes de começar o projeto, vamos aos equipamentos necessários:
®    A mulher, que não pode faltar (E NADA DE GENÉRICO, TEM QUE SER OBRIGATORIAMENTE ORIGINAL DE FÁBRICA);
®    E você já tem os outros aparelhos necessários.
Primeiramente pegue uma mulher, introduza seu cilindro no orifício adequado e comece a realizar o movimento de trabalho – conhecido como vaivém. Esse movimento faz com que o cilindro funcione como um compressor de ar, o que aumentará a pressão e acionará a mangueira que irá liberar um fluido que seguirá até o reservatório, aonde irá se mistura e reagir com elementos encontrados neste local. Após encerrar o trabalho deve-se esperar 9 meses para ver o resultado. Neste intervalo de tempo ela se expande e carrega a mercadoria. Ao término desse período ela irá libera a mercadoria e já estará pronta para recomeçar o ciclo.
Oferecimentos:
Assassinas da Casa da Luz Vermelha: matando-te de prazer!
Motel Suruba: PERIGOSO, MUITO PERIGOSO!
Equipe Profissional Gandula de Sabonetes: OPÁ! Deixa que eu pego!

sábado, 24 de março de 2012

Lendas Urbanas 6

Cãomem

Uma indústria nuclear deixou cair num rio produtos químicos. Um cachorro bebeu água nesse rio e foi pra cidade. Infectado, o cachorro estava lacrimejando, babando um líquido verde, espumando pela boca, perdendo pelo e com o nariz escorrendo. O cão seguiu para uma lanchonete onde havia um refrigerante e um sanduíche sobre a mesa. Rodrigo tinha ido ao banheiro e ao voltar viu o cachorro bebendo seu refrigerante e comendo seu sanduíche. Ele espantou o animal que mordeu sua perna. Um funcionário foi socorrê-lo e o gerente pediu para que Rodrigo não se preocupasse e que se responsabilizaria pelo tratamento médico. Rodrigo aceitou, bebeu o resto do refrigerante, comeu o que sobrou do sanduíche e falou:
Isso aqui tá bom cara!
Após sete dias, Rodrigo estava melhor e saiu do hospital. Passou em um parque e viu um gato. Sentiu algo estranho e correu atrás do bichano latindo, mas deixou o felino em paz após ver um garoto brincando com seu cachorro com um disco. Assim que o menino jogou o brinquedo, Rodrigo pulou e o abocanhou. O cachorro rosnou para o Rodrigo que rosnou de volta. Percebendo que algo estava estranho, ele se levantou e devolveu o disco para o menino. Rodrigo notou que os pelos cresceram, o olfato e a audição aguçaram e também queria pegar as cachorrinhas da rua. Explicou para seu psicólogo, que disse:
Eu não posso te ajudar, mas sei quem pode.
E o mandou para o hospício. Os dias passaram até que chegou a primeira noite de lua cheia e Rodrigo continuou no hospício. Veio a segunda noite de lua cheia e ele continuou lá. E assim foi seguindo os dias até que acabou a época de lua cheia. Passou alguns dias e ele era quase um cachorro. Então o coordenador do hospício disse:
É! O seu problema não é psicológico, é veterinário.
E o mandaram par o veterinário que cuidou do banho, da tosa, da castração e da adoção. Ele vacinou, implantou o chip, catalogou e no momento da castração, Rodrigo o mordeu. Uns dias depois, o veterinário se envolveu com uma cachorrinha, casou-se com ela e tiveram vários cachorrinhos.
Hoje eles são vizinhos do lobisomem e costumam sair para comer viados.
Oferecimentos:
Funerária União: lá só falta você!
Serial Killer: o cereal que mata sua fome!
Água Venenosa: mate antes que ela te mate, mate sua sede!


quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Versos


Explicação
Se o verso confuso ficar
E nada conectar
Não adianta perguntar
Pois vou explicar
Que o importante é rimar

Carnaval
Chegou o carnaval
Peguei o avental
Botei no varal
Usei o brocal
Pra desenhar um animal
Com cara de mal
Muito legal
Então peguei um pau
E mudei de canal

Morte
A morte
História de sorte
Pra quem teve um corte
E morreu num caixote
Como uma mascote

Solidão
Solidão
Uma interrogação
Pra quem vive na ilusão
E empedrou o coração

Ai
Maria pegou a marreta
Fez careta
Quebrou a vareta
E bateu na coxa

Oferecimentos:
Padaria Sono: especialista em pão dormido e sonho.
Bosta: isto é uma merda!
Supermercado Alvo: não é varejo, é atacado!

domingo, 29 de janeiro de 2012

Outras Histórias 2

Sede
Noite passada estava tão quente que minha garganta apertava de tanta sede. Levantei-me e fui para a cozinha beber um copo d’água. O dia foi muito quente e a noite parecia estar há uns 40°C, tão quente que quando encostei no filtro ele desmanchou na minha mão. Então fui pegar água na torneira, mas ela estava seca, não caiu uma gota de H2O. Fui à geladeira e todas as garrafas estavam vazias, no freezer não havia nenhum sinal de gelo ou gás. Eu suei em estado sólido. Passei a mão em minha testa e só tinha sal. O ar condicionado não aguentou e cometeu suicídio. Procurei água em todos os cantos da casa e não encontrei nenhum tipo de líquido. Já estava quase pirando por causa da sede, só pensava em “ÁGUA! ÁGUA! ÁGUA!”. Até que me lembrei do banheiro. Corri para lá, mas quando cheguei, vi meu filho ajoelhado e bebendo a água da privada. Ele olhou pra mim e falou:
─ Que foi? Eu estava com sede!
Empurrei-o e disse:
─ Deixa um pouco pra mim! Poxa, você bebeu tudo, cara! Ah! Quer saber duma coisa, vou beber minha urina!
Oferecimentos:
Pum!: tem algo diferente no ar.
Cebola: não é triste, mas faz chorar.
Água em Pó: é só adicionar água e misturar.

sábado, 7 de janeiro de 2012

Lendas Urbanas 5



ATCHIM
Raimundo, Renato e Ricardo eram três estudantes que zombavam de todos, a pessoa podia ter o menor defeito do mundo e mesmo assim sofria nas mãos dos três. Eles eram odiados na escola, no bairro, na cidade, no país inteiro. Até os professores tinham medo deles. Os garotos foram expulsos da cidade, mas as outras cidades não permitiram a saída deles. Eles implicavam mais era com pessoas gripadas. Sempre que viam alguém gripado, falavam: “catarrento!”, “Atchim!”, “seu nariz vai cair de tanto espirrar!”, “seu cérebro vai sair pelo nariz!”, “vai tossir tanto que o pulmão vai sair!”, ”sua cabeça vai explodir!”, entre outros. Só que um dia eles fizeram isso com o Santo, filho de um pai de santo, que lhes rogou uma praga: “Tudo que vocês falam, irá acontecer com vocês!”, e espirrou no Ricardo, que, nervoso, o empurrou. Dois dias depois, Ricardo espirrava tanto que seu nariz caiu no chão, desesperado, pegou o nariz e saiu correndo da sala para o banheiro, Raimundo e Renato foram atrás para saber o que aconteceu, chegando ao banheiro, eles viram Ricardo aos prantos sem o nariz:
─ A praga que o filho do macumbeiro jogou em mim pegou!
─ Nóóó véi, que irado! Deixa eu pegar no seu nariz?! ─ disse Raimundo.
─ Eu tô aqui desesperado e você quer pegar no meu nariz!...a...atchim! ─ Ricardo espirrou no Renato ─ Vira essa boca pra lá meu irmão! Agora vô tê que tomar um banho!
Raimundo brincou um pouco com o nariz e depois tentaram colar com cola comum, cola quente, super bonder, cola de sapato, durepox, durex, fita adesiva, prego, tachinha e solda, mas nada deu certo. Raimundo e Renato foram para casa e lavaram todo o corpo, até as cavidades que nunca foram limpas, com medo de pegarem a gripe. Em vão. Dois dias depois eles também manifestaram os sintomas. Então foram atrás do Santo para se livrarem desse mal.
─ Desfaz essa praga que você rogou em nós, se não...
─ Se não o quê? Vocês não vão fazer nada. Além do mais, isso é bom pra vocês aprenderem a respeitar os outros.
─ Então você vai compartilhar desse vírus conosco!
Os três pularam em cima do Santo e espirraram na cara dele, esfregaram o nariz e até o fizeram comer o catarro. Uma semana após serem infectados, empacotaram. No primeiro dia vem o resfriado, no segundo começam os espirros, no terceiro o nariz cai, no quarto vem a tosse, no quinto o cérebro sai pelo nariz aos pedaços até o sétimo dia, no sexto começa a tossir os pulmões e no sétimo a cabeça explode e aí já era. Por isso, sempre que alguém espirrar, diga saúde. Aaaattcchhiimmm!!
Oferecimento:
Motel Leilão: quem dá mais?
Funerária Morte: um dia vamos te buscar!
Padaria Inferno: há 100 anos vendendo o pão que o diabo amassou!

sábado, 15 de outubro de 2011

Lendas Urbanas 4

A coruja não quis liberar imagens do Pedrador e por isso não é possível mostrá-lo.
O Pedrador
O Pedrador é um ser desconhecido, que ninguém conhece e quem conheceu nunca mais foi visto. O Pedrador mora na floresta, em cavernas e em qualquer buraco. Deve-se ter muito cuidado, pois ele costuma apedrejar tudo. Ele tem uma casa no Morro das Pedras, costuma ir à Pedreira Prado Lopes nos finais de semana pra um churrasco.
Um casal resolveu acampar numa floresta. Eram 6 horas da noite. Eduardo e Bruna levaram tudo o que precisavam para acamparem pra dentro da floresta. Eduardo voltou em sua pick-up e ela havia sido apedrejada. Aos prantos, voltou e contou para Bruna o que havia acontecido. Os dois se lembraram da história do Pedrador, que sempre saía ao pôr-do-sol. Não tiveram escolha a não ser passar a noite ali. No meio da noite eles ouviram um barulho e viram uma sombra, que depois sumiu (era um guarda florestal que foi apagar o fogo). Os dois saíram e tentaram descobrir para onde foi a sombra. Quando voltaram, a barraca havia sido apedrejada. Com medo correram para longe. Escutaram passos que vinham atrás deles. Correram até uma casa abandonada e entraram. Só que tinha um problema: era uma casa muito engraçada, não tinha teto, não tinha nada, apenas a parte da frente. Bruna deu um passo, o chão abriu e ela caiu no buraco. Eduardo perguntou:
─ Você esta bem?
─ Sim! Mas acho que quebrei a perna e estou com fratura exposta. Ai! Não sinto a outra perna, meu cabelo está preso, algo está mordendo meu braço e estou perdendo muito sangue!
─ Espera um momento que vou buscar uma corda e não saía daí!
Ele destrancou a porta e foi procurar uma corda. Encontrou alguns turistas japoneses e explicou a situação. Sem entender nada, os japoneses conversaram entre si:
─ Que cara engraçado. Deve ser algum palhaço contratado pela agência. – e começaram a rir.
Vendo que não estava dando certo e que eles riam da sua cara, Eduardo pegou a corda e saiu correndo. Chegou na casa, jogou a corda no buraco e a amarrou na porta.
─ Pode subir! Ei! Você morreu?! Responde, caramba! Se for ficar fazendo hora com a minha cara vou sair daqui! Ah, quer saber, a corda está aqui e se quiser sair daí, saia! Não vou ficar esperando aqui igual um palhaço! Já basta aqueles japoneses terem rido de mim! Fui!
 Eduardo foi embora. Encontrou novamente os japoneses e perguntou:
─ Onde é a estrada?
Assim que os japoneses o viram, caíram na gargalhada, apontando pra ele:
─ É ele de novo! Esse cara é muito engraçado!
Eduardo, achando que os japoneses apontavam para a estrada, agradeceu, virou-se e seguiu nessa direção. No caminho, ele ouviu alguém gritando:
─ Sai daqui! Se não sair por bem vai sair por mal. Eu tenho uma arma, não me faça usá-la!
Eduardo não pensou duas vezes e caiu fora, mesmo sem saber que quem estava gritando era um bêbado com uma árvore a sua frente, querendo passagem.
Eduardo andava pela floresta quando viu uma luz se aproximando. Era um homem em chamas! O guarda florestal veio com um balde d’água, jogou no homem e disse:
─ Se for jogar fogo no corpo, que faça isso lá fora, longe da floresta! Não quero saber de incêndios aqui!
Ficou mais tarde e veio a chuva. Eduardo ouviu passos. Olhou para trás e viu um cervo. Então ele respirou aliviado. Olhou pro outro lado e viu um urso. O urso levantou, olhou para Eduardo e para o cervo. O cervo levantou a cabeça e olhou para o urso, que neste momento correu assustado. O cervo correu atrás do urso e trepou nele. O urso se debateu como um peixe fora d’água, como uma minhoca fora da terra; se contorceu como um molusco; gritou tão forte que ecoou toda floresta. No final deu até pena do coitado do urso, que nunca mais sentou e teve que dormir de bruços por vários meses. Ele sofreu tanto que nem conseguiu andar depois que o cervo soltou. Assim que o cervo terminou o serviço com o urso olhou pro Eduardo com um olhar de “quero mais”! Eduardo correu como o diabo da igreja com o cervo atrás, até que ele tropeçou e caiu de bruços. O cervo pulou, Eduardo se virou e o cervo pegou um esquilo. O esquilo, naquele instante, sentiu um ódio tão grande e pegou uma .40 e deu cinco tiros no cervo.
Eduardo continuava a procurar a estrada. A coruja cantava. De repente se ouviu um galho quebrando e a coruja havia parado de cantar. Então Eduardo olhou para trás e viu a coruja no chão. Rindo, tirou fotos e virou-se para seguir seu caminho. Só que ao virar-se, deu de cara com o Pedrador. Ele começou a chorar. A coruja com enorme felicidade, pegou a câmera e tirou foto da cena que via. Eduardo correu o mais rápido que pôde, com o Pedrador logo atrás. Os japoneses viram isso e falaram:
─ O pessoal daqui é muito animado. Vou voltar aqui mais vezes.
Eduardo correu até um penhasco, onde passa um rio 5 metros abaixo. Ele então pensou: “se eu pular, vou cair na água”. E foi o que ele fez. Pulou, mas no caminho há galhos e pedras dos quais ele não desviou. No rio também tem piranhas e jacarés. O Pedrador lá de cima disse:
─ Eu só queria lhe entregar a carteira que você deixou cair!
E a jogou no rio.
Oferecimentos:
Funerária Bom Sucesso: aqui perdemos na vida, ganhamos na morte!
Padaria Inferno: vendemos o pão que o diabo amassou!
Limão Capeta Padre Vieira: o primeiro limão exorcizado!

domingo, 21 de agosto de 2011

Outras Histórias

O atropelamento
Um dia antes de ir para o trabalho resolvi filmar meu caminho para mostrar como era chata minha rotina. Então peguei minha câmera e sai. Filmei o chão, o céu, as árvores, as pessoas chatas que via nesse mesmo horário, enfim, filmei tudo que via todo dia no caminho pro trabalho. Cheguei no cruzamento de duas avenidas movimentadas e o sinal fechou. Um homem, correndo, esbarrou em mim e quase me jogou no chão. Aquilo me deixou furioso e desejei que ele fosse atropelado. Então veio um carro a 70 km por hora e o atropelou. Aí desejei que pudesse passar um carro em cima da mão dele e foi o que aconteceu. Vendo isso pensei; “fui eu que fiz isso?”. Desejei que passasse um carro na outra mão e passou. Diante da situação me veio outros pensamentos e desejei que mais dois carros passassem em cada perna e meu pedido foi atendido. Senti certa felicidade ao ver aquele ser todo ensanguentado e com fraturas expostas e pedi que um ônibus lotado passasse naquele corpo bem devagar e ele veio. O aglomerado de pessoas aumentava para ver a pessoa atropelada, mas ninguém se atreveu a tentar parar o trânsito para ajudar aquele homem que estava quase totalmente desfigurado. Mas ainda não era suficiente e eu queria mais e pensei comigo mesmo: “podia passar um caminhão dos bombeiros aqui agora”, e não é que tinha um incêndio ali perto e os bombeiros nem viram o corpo no chão e passaram por cima. Só que eu queria que passasse um caminhão de 10 toneladas naquele sujeito e vi isso acontecer. Fiquei com vontade de ver uma marcha militar e veio um tanque de guerra e passou em cima dele. Eu já pensava em outras coisas que podiam acontecer e ouvi uma mulher desesperada gritando e pedindo licença. Então percebi que era a mãe do cara que desejei o atropelamento. Senti um arrependimento e, comovido com aquela cena, cheguei perto da mulher e disse: “não se preocupe, filmei tudo!”.
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Carregadores Trombadinhas do Brasil: levamos o que você tiver!
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Padaria Inferno: vendemos o pão que o diabo amassou!